O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE -Paulo Silvino Ribeiro


Muito recentemente, a propaganda de televisão de uma grande marca mundial de automóveis tentava vender seu produto ilustrando a mudança do papel social da mulher. Uma jovem com trajes de executiva chegava em casa após um dia de trabalho e cumprimentava seu marido, o qual estava ocupado preparando a refeição da família. 

Para surpresa desse homem, que “comandava” a cozinha e cuidava de suas filhas, sua esposa o presentearia com um carro novo. A partir dessa cena, rapidamente aqui descrita, pode surgir a seguinte pergunta: esse comercial faria sentido décadas atrás? Certamente que não. Contudo, essa resposta carece de uma explicação menos simplista, e requer uma maior compreensão do que se chama de questões de gênero e papéis sociais.

Mulheres e homens ao longo de boa parte da história da humanidade desempenhavam papéis sociais muito diferentes. Mas do que se trata o papel social? Segundo a Sociologia, trata-se das funções e atividades exercidas pelo indivíduo em sociedade, principalmente ao desempenhar suas relações sociais ao viver em grupo. 

A vida social pressupõe expectativas de comportamentos entre os indivíduos, e dos indivíduos consigo mesmos. 

Essas funções e esses padrões comportamentais variam conforme diversos fatores, como classe social, posição na divisão social do trabalho, grau de instrução, credo religioso e, principalmente, segundo o sexo. 

Dessa forma, as questões de gênero dizem respeito às relações sociais e aos papéis sociais desempenhados conforme o sexo do indivíduo, sendo o papel da mulher o mais estudado e discutido dentro dessa temática, haja vista a desigualdade sexual existente com prejuízo para a figura feminina. 

Assim, enquanto o sexo da pessoa está ligado ao aspecto biológico, o gênero (ou seja, a feminilidade  o masculinidade enquanto comportamentos e identidade) trata-se de uma construção cultural, fruto da vida em sociedade. Em outras palavras, as coisas de menino e de menina, de homem e de mulher, podem variar temporal e historicamente, de cultura em cultura, conforme convenções elaboradas socialmente.

As diferenças sexuais sempre foram valorizadas ao longo dos séculos pelos mais diferentes povos em todo o mundo. Algumas culturas – como a ocidental – associaram a figura feminina ao pecado e à corrupção do homem, como pode ser visto na tradição judaico-cristã. 

Da mesma forma, a figura feminina foi também associada à ideia de uma fragilidade maior que a colocasse em uma situação de total dependência da figura masculina, seja do pai, do irmão, ou do marido, dando origem aos moldes de uma cultura patriarcalista e machista. 

Assim, esse modelo sugeria a tutela constante das mulheres ao longo de suas vidas pelos homens, antes e depois do matrimônio.Aliás, o casamento enquanto ritual marcaria a origem de uma nova família na qual a mulher assumira o papel de mãe, passando das “mãos” de seu pai para as de seu noivo, como se vê no ato da cerimônia.

Mas como aqui já se abordou, se as noções de feminilidade e masculinidade podem mudar ao longo da história conforme as transformações sociais ocorridas, isto foi o que aconteceu na cultura ocidental, berço do modo capitalista de produção. Com o surgimento da sociedade industrial, a mulher assume uma posição como operária nas fábricas e indústrias, deixando o espaço doméstico como único locus de seu trabalho diário. 

Se outrora a mulher deveria apenas servir ao marido e aos filhos nos afazeres domésticos, ou apenas se limitando às tarefas no campo – no caso das camponesas europeias, a Revolução Industrial traria uma nova realidade econômica que a levaria ao trabalho junto às máquinas de tear. Obviamente, não foram poucos os problemas enfrentados pelas mulheres, principalmente ao se considerar o contexto hostil de um regime de trabalho exaustivo no início do processo de industrialização e formação dos grandes centros urbanos.

Após um longo período de opressão e discriminação, a passagem do século XIX para o XX ficou marcada pelo recrudescimento do movimento feminista, o qual ganharia voz e representatividade política mais tarde em todo o mundo na luta pelos direitos das mulheres, dentre eles o direito ao voto. 

Essa luta pela cidadania não seria fácil, arrastando-se por anos. Prova disso está no fato de que a participação do voto feminino é um fenômeno também recente para a história do Brasil. Embora a proclamação da República tenha ocorrido em 1889, foi apenas em 1932 que as mulheres brasileiras puderam votar efetivamente.


Esta restrição ao voto e à participação feminina no Brasil seriam consequência do predomínio de uma organização social patriarcal, na qual a figura feminina estava em segundo plano. Mesmo com alguns avanços, ainda no início da segunda metade do século XX, as mulheres sofriam as consequências do preconceito e do status de inferioridade. 

Aquele modelo de família norte-americana estava em seu auge, em que a figura feminina era imaginada de avental e com bobs nos cabelos, no meio da cozinha, envolta por liquidificador, batedeira, fogão, entre outros utensílios domésticos. 

Seria apenas no transcorrer das décadas de 50, 60 e 70 que o mundo assistiria mudanças fundamentais no papel social da mulher, mudanças estas significativas para os dias de hoje. 

O movimento contracultural encabeçado por jovens (a exemplo do movimento Hippie) transgressores dos padrões culturais ocidentais outrora predominantes defendiam uma revolução e liberação sexual, quebrando tabus para o sexo feminino, não apenas em relação à sexualidade, mas também no que dizia respeito ao divórcio.

Como se sabe, o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção requer cada vez menos o trabalho braçal, necessitando-se cada vez mais de trabalho intelectual. Consequentemente, criam-se condições cada vez mais favoráveis para a inserção do trabalho da mulher nos mais diferentes ramos de atividade. 

Ao estudar cada vez mais, as mulheres se preparam para assumir não apenas outras funções no mercado de trabalho, mas sim para assumir aquelas de comando, liderança, cargos em que antes predominavam o terno e a gravata. 

Essa guinada em seu papel social reflete não apenas nas relações de trabalhos em si, mas fundamentalmente nas relações sociais com os homens de maneira em geral. Isto significa que mudanças no papel da mulher requerem mudanças no papel do homem, o qual passa por uma crise de identidade ao ter de dividir um espaço no qual outrora reinava absoluto.

Mulheres com maior grau de escolaridade diminuem as taxas de natalidade (têm menos filhos), casam-se com idades mais avançadas, possuem maior expectativa de vida e podem assumir o comando da família como no exemplo da propaganda de automóvel citada. Obviamente, vale dizer que as aspirações femininas variam conforme seu nível de esclarecimento, mas também conforme a cultura em que a mulher está inserida.

Contudo, é preciso se pensar que mesmo com todas essas mudanças no papel da mulher, ainda não há igualdade de salários, mesmo que desempenhem as mesmas funções profissionais, ainda havendo o que se chama de preconceito de gênero. 

Além disso, a mulher ainda acaba por acumular algumas funções domésticas assimiladas culturalmente como se fossem sua obrigação e não do homem – funções de dona de casa. Da mesma forma, infelizmente a questão da violência contra a mulher ainda é um dos problemas a serem superados, embora a “Lei Maria da Penha” signifique um avanço na luta pela defesa da integridade da mulher brasileira.

Mas a pergunta principal vem à tona: qual o papel da mulher na sociedade atual? Pode-se afirmar que a mulher de hoje tem uma maior autonomia, liberdade de expressão, bem como emancipou seu corpo, suas ideias e posicionamentos outrora sufocados. 

Em outras palavras, a mulher do século XXI deixou de ser coadjuvante para assumir um lugar diferente na sociedade, com novas liberdades, possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso crítico. Deixou-se de acreditar numa inferioridade natural da mulher diante da figura masculina nos mais diferentes âmbitos da vida social, inferioridade esta aceita e assumida muitas vezes mesmo por algumas mulheres.

Hoje as mulheres não ficam apenas restritas ao lar (como donas de casa), mas comandam escolas, universidades, empresas, cidades e, até mesmo, países, a exemplo da presidenta Dilma Roussef, primeira mulher a assumir o cargo mais importante da República.

Dessa forma, se por um lado a inversão dos papéis sociais ilustrada pela campanha publicitária (citada no início do texto) de um automóvel está em dissonância com um passado não tão distante, por outro lado mostra os sinais de um novo tempo que já se iniciou. 

Contudo, avanços à parte, é preciso que se diga que as questões de gênero no Brasil e no mundo devem sempre estar na pauta das discussões da sociedade civil e do Estado, dada a importância da defesa dos direitos e da igualdade entre os indivíduos na construção de um mundo mais justo.

Cinco considerações sobre a participação da mulher na sociedade:

Mulher: sexo frágil?

A mulher só servia para procriar e de preferência meninos, para serem guerreiros, caso tivesse apenas meninas era excluída da sociedade. Não estudava.

Na época da revolução industrial, a necessidade leva a mulher ao mercado, mão de obra mais barata, substituindo o homem. Inicia uma luta de reconhecimento na Educação, sair do ensino primário para as demais áreas educacionais.

A mulher começa a se destacar no mercado, inicia a concorrência. Consegue chegar, timidamente, ao ensino superior.

4 º Século XIX, igualdade de direitos trabalhistas, direito ao voto. Luta constante para que mais mulheres consigam chegar ao ensino superior.

5 º Século XX, luta organizada: feminismo é o movimento de mulheres visando leis que a defendam. No Brasil temos a “Lei Maria da Penha”, onde uma mulher passa a ser garantida pela lei não apenas quando a agressão for física mais também verbal. Na Educação: há doutoras e mestres.

Para reflexão:Tudo que um homem faz, a mulher tem sido capaz de realizar. Mas, e tudo que a mulher faz o homem é capaz de fazer?


Veja a seguir exemplos de musica e poesia sobre as mulheres:


POESIA :Mulher - Ilsa da Luz Barbosa

Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;
Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;
Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";
Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem

violências;
Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;
Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora, realmente ajude outras
mulheres a conquistarem
a liberdade de Ser...


MÚSICA: Mulher  - Léa Mendonça

Muitas foram as vezes que senti-me desprezada por ser o que sou.

Ultrapassei obstáculos, fui derrubada, reergui-me, segui...Lutei com minha própria classe, esbravejei, e muitas vezes fraquejei.

Homenageei com sentimento profundo quem colocou-me no chão.
Enrijecida tornei-me pelos tombos, afrontas e insultos.
Recorri ao bom senso e permaneci calada, trabalhando em silêncio.
Suor não me faltou, uma vida de labor me sustentou.
Íntimo vitorioso à cada palavra contra mim lançada.
Maior evidência não podia acontecer, minha classe começava vencer.
Brinquei de submissão, foi divertido, via em semblantes, o sabor da ilusão.
Ontem, nem falava, hoje solto a voz clara e firme para que todos ouçam.
Longo foi o tempo de luta para a vitória alcançar... Ela chegou!!!
Odioso preconceito se dissipa a todo vapor.
Doei sorrisos aos insultos proferidos por mentes menos esclarecidas.
Onde ei nas estradas da vida, mas consegui ser admirada, respeitada.
Agora, pouca coisa resta a fazer, é só continuar procurando espaço.
Melhorando a cada amanhecer, em cada entardecer... Anoitecer.
Ouvir o coração misturado com a razão, então, resplandecer.
Rumar para o infinito sentimento de mulher e vitoriosa permanecer.

A Filosofia aos olhos de professoras do Século XX e XXI.



Desde que o mundo é mundo que a Educação existe e é uma prática social que transmite conhecimento para trazer reflexão, mas na prática há uma  guerra de interesses político para alienar a sociedade e convencionou-se que, a Educação deve ser apenas um lugar que está preso entre quatro paredes chamada escola e deve transmitir teorias sem sentido para quem aprende e sem  liberdade para a crítica, e reflexão assim é passado de geração a geração. 

O primeiro pensamento que vem ao ouvir a palavra escola é a imagem de um professor(a). Entrevistamos a professora Maria José, com vinte e um anos de magistério e ainda acesa a mesma paixão que a levou o primeiro dia à sala de aula, parece que os obstáculos do dia a dia não a atingiram. Continua com fé e esperança na “sementinha plantada dia a dia nos corações dos seus alunos”. Lecionou onze anos numa escola particular e dez anos na rede pública,  mas continua com a falta de visão à ideologia da política imposta por um governo que se delicia com a alienação em massa. A segunda entrevista com a professora Lucinéia, oito meses que leciona numa escola estadual e já presencia uma diferença gritante entre o que aprendeu  na faculdade e a vivenciada em sala de aula.Ouça o depoimento da Professora Lucinéia falando um pouco da realidade escolar:




A entrevista denuncia a falta de união na classe de professores, o pouco caso com os alunos. Chorou, literalmente, na escola, pelo preconceito que sofreu e mesmo com uma realidade tão difícil, leva à sala de aula material didático para alunos que deveriam saber ler e escrever e ainda sentem dificuldade. 

Não maqueia ou coloca os óculos escuros para não ver os problemas, as dificuldades. Não se esconde atrás de desculpas para não exercer a sua profissão com dignidade. Acredita no futuro melhor, mas com muito trabalho, muitas barreiras a transpor. Em plena era tecnológica a comunicação ficou ‘virtual’ e a máquina passou a ter um papel fundamental na vida cotidiana,trazendo  desinteresse em sala de aula. Alunos violentos, protegidos por leis que desfavorecem a autonomia da escola. O que nos faz indagar: Como um professor(a) que dedicou anos de sua vida ao magistério, e o que agora o inicia, contempla essa mudança que gera medo e decadência em sala de aula? Comente sua resposta aqui. Mas antes veja uma tabela com dois grandes filósofos:






ARTE-EDUCAÇÃO. Homenagem ao dia internacional da mulher. 2007. Disponível em: <http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/ mulher.htm>. Acessado em 20 out. 2013.

LETRAS. Mulher – Léa Mendonça. [s.d.]. Disponível em: <http://letras.mus.br/ lea-mendonca/765032/>. Acessado em 20 out. 2013.RIBEIRO, Paulo S. O papel da mulher na sociedade. [s.d.] Disponível em: <www.brasilescola.com/sociologia/o-papel-mulher-na-sociedade.htm>.Acessado em 20 out. 2013

KARL MARX E PAULO FREIRE

Heinrich Marx e Henriette após o casamento são agraciados com o nascimento do segundo filho (que tiveram oito) e o batizaram com o nome de Karl Marx no dia 05 de maio de 1818.
Um breve histórico só para contextualizar sobre a vida do autor ,da influência que a família, a vida política, social, escolar e religiosa exerceram na vida de Karl Marx: o pai era advogado; tanto a família do pai quanto da mãe eram rabínicas. Duas irmãs, jovens, morreram com tuberculose. Época que Napoleão perde o poder. Os pais se convertem ao protestantismo de Martinho Lutero. 

Em 1835 Marx escreve para o exame do Bacharelado (p. 16): 


 " Nossas relações com a sociedade começam, em certa medida, antes que as possamos determinar (...).A idéia mestra que deve nos guiar na escolha de uma profissão deve ser o bem da humanidade e o nosso próprio desenvolvimento (...). 


A natureza do homem é feita de tal modo que ele não pode atingir sua perfeição a não ser agindo para o bem e a perfeição da humanidade." Marx tem uma inflamação na garganta que o impede até de falar e engolir a própria saliva e agrava com abcesso pulmonar, levando-o a óbito no dia 14 de março de 1883. Na íntegra eis o que Engels escreve a Bernstein (p. 173): 

"Você deve ter recebido meu telegrama. Tudo aconteceu muito depressa. De início, as melhores esperanças; e, de súbito, nesta manhã, foi a derrocada das forças seguida de letargia. Em dois minutos esta cabeça genial parou de pensar, no exato momento em que os médicos nos asseguravam o melhor. 


O que este homem foi para nós como tórico e, nos momentos decisivos, no terreno prático, só se pode fazer idéia depois de ter vivido toda uma vida ao seu lado.Por anos sua visão elevada vai desaparecer de cena junto com ele. Estas coisas estão bem acima de nós. O movimento continua, mas lhe faltará o homem que intervinha calma, oportuna, soberanamente, e que lhe poupou, até aqui, mais de um extravio penoso."

RUBEL, Maximilien. Crônica de Marx. Tradução da Equipe Ensaio. São Paulo, Ensaio, p. 16 e 173. 1991.


O Mapa Conceitual



Karl Marx nos leva a refletir que o ápice da realização pessoal só se dará quando a ideia individual for excluída e a ideia do todo social for valorizada. Cada escolha individual deve ser focada para o bem da humanidade. 

A escola tem o seu papel importante de levar a reflexão seus pupilos para escolherem logo cedo trabalhar no que gostam em prol da sociedade. 
O que você escolhe ajuda no desenvolvimento pessoal, familiar, municipal, estadual e da sua nação, então escolha certo para que você e a sociedade desfrutem de um desenvolvimento e cresçam, evoluam, progridam em comum. O oposto do ofertado pelo Capitalismo.

A Educação tem que ser gratuita e para todos, com o objetivo de criar sujeitos críticos e não alienados, para isso o Estado não pode manipulá-la. 
Cada ser humano deve deter em si o poder de decidir, escolher o rumo a seguir desde que seja para cooperar, contribuir, co-construir uma nova sociedade. è a reflexão trazendo a ação.

A Educação tem que ser transformadora, senão estará a manipular mentes em favor de algum líder, poder, que estará a usá-la para atingir objetivos políticos mesquinhos e prejudiciais a sociedade.



PAULO FREIRE


“Não basta querer para mudar o mundo. Querer é fundamental, mas não é suficiente. É preciso também saber querer, aprender a saber querer implica aprender a saber lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes com os nossos sonhos estratégicos”. Paulo Freire (1997).



Um sonho tende a ser pesadelo quando for ingênuo o bastante para acreditar que só o fato de se ter sonhado já torna-se fato. Tem muitos sonhadores querendo modificar uma sociedade com revoluções autoritárias, fruto do meio que sempre viveu. 

Não! Só se consegue a mudança com a visão de “aprender a saber lutar politicamente”, visando o coletivo, igualdade e liberdade para todos. São muitos anos de opressão política e social, aprendemos a não refletir e quando refletimos temos medo da repressão. 


Paulo Freire defende que não é isoladamente que venceremos e sim quando entendermos que eu falo, você me ouve e depois você fala e eu escuto, mesmo que seja contra argumentar a minha ideia. A necessidade de eu aprender que não detenho o saber e que juntos podemos e devemos entrar para a história da nossa sociedade. Interessante observarmos que no final do enxerto Freire não se expressa no singular e sim no plural: 


“Os nossos sonhos estratégicos”.


Não adianta levar o outrem a pensar e pensar e continuar pensando, teoria é bom, mas nesse caso não trará mudanças, tem que saber levá-lo a reflexão da situação que vive e juntos conseguirmos estratégias para como povo nos libertar. 


“Aprender a saber” é complicado, porque muitos líderes alienaram seu povo e no início o sonho era bom, mas o poder desvia o ser do seu propósito. Como professores, a Educação deve ter a ação política, refletir nessa ação é não defender seu partido político, mas até os educadores aprenderem a respeitar o outrem.


As escolas estão repletas de professores papagaios, precisamos “aprender a saber” ouvir, questionar, sair de um senso comum de alienação para uma consciência crítica. Quando isso for compreendido, não seremos mais marionetes de um sistema, faremos história.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 43ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.


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